A aquisição de produtos químicos nas empresas depende de um workflow de aprovação e homologação desses agentes para cumprir com os requisitos previstos dentro do ambiente de trabalho. Assim, é possível manter a segurança de todos os envolvidos nos processos com os produtos e garantir que a organização esteja em conformidade com a legislação.
Vamos a um cenário na prática para mostrar a importância dessa homologação de produtos químicos para informar e comunicar a todos os responsáveis a compra de uma matéria-prima ou agente específico.
Imagine a seguinte situação: você está se organizando para revisar o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais) da empresa.
Já verificou as matérias-primas e os produtos químicos utilizados, já preparou o inventário de produtos e já atualizou o reconhecimento dos riscos nas áreas da empresa. Estabeleceu o cronograma para as avaliações quantitativas necessárias e, claro, já tem definido o orçamento para executar esse trabalho.
Você contratou uma empresa para realizar as coletas e tudo está sendo realizado dentro do planejamento. Mas, de repente, você descobre que, em uma determinada área, são utilizadas matérias-primas não contempladas no PPRA, porque você simplesmente não sabia que as mesmas faziam parte do processo. E, pior, você descobre que essa foi uma mudança recente.
Então, você trata de verificar as FISPQs e, após o reconhecimento de riscos, conclui que será necessário efetuar uma avaliação quantitativa da exposição dos funcionários a essas matérias-primas.
Eis que surge um grande problema, pois as avaliações já foram contratadas e estão em curso, e o orçamento previsto não cobre essas novas avaliações.
Neste cenário, a pergunta que fica é: como levar essa questão ao seu gestor, sem que esse fato coloque em dúvida todo o seu trabalho? Que não comprometa ou gere dúvidas sobre a sua capacidade de gestão dos assuntos de saúde e segurança do trabalho?
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ToggleRiscos existentes na aquisição de produtos químicos sem homologação
O contexto anterior já era preocupante. No entanto, tudo pode ser agravado. Imagine que aconteça um acidente, incluindo o vazamento de um produto químico que foi recebido e armazenado temporariamente em um local desprovido de canaleta, bacia de contenção ou outros elementos de proteção.
E tem mais: esse produto possui um grave perigo ao meio ambiente e, nesse acidente, o lençol freático foi comprometido, pois houve infiltração no solo. Para piorar, você nem tinha conhecimento da compra deste produto químico, porque ele seria utilizado para um teste no processo.
Poderíamos citar aqui várias situações envolvendo matérias-primas ou produtos químicos, que estão dentro das empresas e que são descobertos apenas na ocorrência de acidentes ou quase acidentes.
Como lidar com isso? Somente é possível com a implantação de uma sistemática para aprovação da aquisição de produtos químicos, sejam matérias-primas ou insumos novos ou já utilizados, mas que tiveram troca de fornecedor.
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Passo a passo na aquisição de produtos químicos com homologação
Homologar significa aprovar, dar confiança e proteção aos usuários e sociedade em geral, por meio das avaliações da conformidade.
A homologação para aquisição de produtos químicos e/ou matérias-primas tem como objetivo realizar o controle e avaliação dos agentes comprados pela empresa, para serem utilizados nos processos industriais ou utilizados como insumos.
Dessa forma, o processo de homologação (aprovação) consegue fazer uma avaliação dos riscos ocupacionais (à saúde humana), patrimoniais e ambientais de todos os produtos utilizados ou que serão adquiridos pela sua empresa.
Quando da aquisição de um novo produto (matéria-prima, insumo, reagente etc.), será necessário seguir um procedimento estabelecido, com uma série de passos. Vamos a eles:
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Obtenção de informações:
A etapa inicial será a captação de informações por parte do(s) fornecedor(es) do produto químico a ser adquirido, além de toda a documentação necessária para avaliação.
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Análise de documentação:
As informações e a documentação serão encaminhadas para as áreas de avaliadores, como por exemplo, segurança do trabalho, medicina do trabalho, pesquisa e desenvolvimento, qualidade, meio ambiente, corpo de bombeiros/brigada/atendimento a emergência, entre outros que a empresa desejar envolver.
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Liberação ou não:
Os avaliadores farão uma análise crítica das informações e permitirão que o processo seja concluído, ou poderão bloquear o processo em função de impactos à saúde e segurança ou ao meio ambiente, inviabilizando a entrada do mesmo na empresa.
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Resultado da análise:
Para a empresa, o resultado desse processo será o estabelecimento de procedimentos para avaliar o impacto da aquisição de produtos químicos, tais como: os custos, impacto à saúde humana, impacto ambiental, danos ao patrimônio até o descarte deste produto.
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Como criar o workflow para aquisição de produtos químicos
O desenvolvimento do workflow de aprovação deverá estar alinhado com o processo executado na empresa, caso já exista. A finalidade é estabelecer um procedimento para que toda aquisição de produto químico (amostra, teste ou compra) seja realizada adequadamente e em atendimento às legislações vigentes, salvaguardando a empresa.
Neste workflow, deverão ser definidas as informações a serem solicitadas aos fornecedores e as informações que deverão ser analisadas pelos “homologadores” (avaliadores). Assim, como mencionamos anteriormente, cada um dentro da sua área de atuação deve realizar uma análise crítica de todos os quesitos, a fim de aprovar ou recusar a aquisição do produto químico sob análise.
Vale lembrar que o detalhamento dos quesitos deverá contemplar as necessidades para o atendimento à legislação vigente, normas nacionais e internacionais e regras específicas da empresa.
Com a implementação desta sistemática de aprovação, a empresa irá atingir inúmeros benefícios como:
- Redução de custos;
- Avaliação do impacto à saúde, segurança e ao meio ambiente que tal produto pode provocar;
- Garantir atendimento às legislações;
- Verificar se haverá algum impacto em legislações trabalhistas, como por exemplo, se o produto é enquadrado na Norma Regulamentadora – 15 (insalubridade) ou na Norma Regulamentadora – 16 (periculosidade);
- Avaliar as questões envolvendo a proteção contra incêndios;
- Analisar a melhor forma de armazenamento daquele produto;
- Mensurar os custos envolvidos no descarte dos resíduos originados por esses produtos químicos;
- Mitigar riscos ocupacionais;
- Entre outros.
Portanto, esse processo de workflow para homologação é uma ferramenta que auxiliará na gestão dos produtos químicos, assegurando um controle de riscos efetivo e a certeza de que não haverá a ocorrência de eventos que colocarão em risco a imagem da empresa.
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