Chemical Risk

atendimento@chemicalrisk.com.br
+55 (11) 4506-3196 / (11) 94706-2278

Síndrome de Burnout x segurança e saúde no trabalho: como cuidar dos colaboradores

A saúde mental é um assunto cada dia mais discutido. Com o crescente acúmulo de atividades diárias, percebeu-se que é preciso dar atenção especial a esse aspecto, principalmente, com o aumento dos casos de Síndrome de Burnout

A jornada de trabalho pode ser algo muito estressante e, se o ambiente for desgastante e não prezar pelo bem-estar de seus colaboradores, a situação pode tornar-se insuportável. 

Estamos cada vez mais cansados e, de acordo com levantamentos feitos pela Organização Mundial de Saúde (OMS), cerca de 90% da população mundial relata sofrer com estresse em seu dia a dia. Em longo prazo, esse problema pode gerar questões como ansiedade, depressão e várias outras doenças.

Nesse contexto, a sobrecarga de fatores como o estresse, o ambiente de trabalho insatisfatório, e a elevada competitividade, podem levar as pessoas à Síndrome de Burnout.

Você já ouviu falar da Síndrome de Burnout? Que tal conhecer um pouco mais sobre ela e tirar suas dúvidas?

Leitura recomendada: Como promover qualidade de vida no trabalho e reduzir acidentes

O que é a Síndrome de Burnout?

O termo “burnout” vem do inglês, e pode ser traduzido como “apagar”, no sentido de esgotar, de não conseguir mais cumprir as funções que foram determinadas. 

A Síndrome de Burnout é um transtorno psíquico relacionado ao trabalho, que tem como principal característica um intenso cansaço físico e mental crônico, provocado por condições de trabalho desgastantes. 

A doença pode se manifestar em indivíduos das mais diversas áreas de atuação, profissionais que lidam com uma grande quantidade de tarefas e cobranças em excesso. 

Assim, trata-se de uma consequência do acúmulo de estresse e tensão emocional, sendo muito comum em profissionais que trabalham sob constante pressão. Ela também é conhecida como a Síndrome do Esgotamento Profissional.

Pessoas que sofrem com o burnout sentem fadiga e estresse causados pela sobrecarga de trabalho. O que pode acabar gerando, em casos mais graves, a necessidade de afastamento das atividades profissionais.

Leia também: O que é a taxa de absenteísmo e como reduzir na sua empresa

Quais são os sintomas da Síndrome de Burnout?

Os sintomas se manifestam tanto em nível físico como mental. Seu principal sintoma é o esgotamento emocional e físico. Ainda podem surgir outros sintomas comportamentais, emocionais e físicos, como exemplificamos a seguir:

  • Ausência no trabalho;
  • Alterações de humor repentinas e irritabilidade;
  • Dificuldade de concentração;
  • Alteração no apetite e lapsos de memória;
  • Ansiedade e pessimismo; 
  • Baixa autoestima;
  • Dores de cabeça constantes e cansaço físico extremo;
  • Insônia e dores musculares;
  • Sudorese excessiva; 
  • Hipertensão e problemas gastrointestinais.

É importante conhecer os três elementos principais que caracterizam o burnout e nos quais é preciso ficar atento:

  • Sentimento de esgotamento ou exaustão de energia 

Percepção de que a pessoa está indo além dos limites e não tem mais recursos físicos e emocionais para lidar com conflitos e situações do trabalho.

  • Sensação de ineficácia profissional e falta de realização

Com a queda na qualidade da sua atuação, as realizações pessoal e profissional ficam seriamente comprometidas. Muitos têm a sensação de que não estão alcançando sucesso e desenvolvem sentimentos como incompetência, frustração e decepção, falta de reconhecimento e improdutividade, acarretando em queda da autoestima e depressão.

  • Distanciamento mental do trabalho ou sentimentos de negativismo ou cinismo 

Em relação ao trabalho profissional, torna-se distante e insensível, passando a perceber cada questão associada ao trabalho como um transtorno a ser apenas tolerado, e a atitude, em geral, será de irritabilidade e ansiedade.

Saiba mais: Doenças relacionadas ao trabalho x doenças ocupacionais: entenda as diferenças

Principais causas da Síndrome de Burnout

Considerando que a síndrome de burnout está relacionada ao ambiente de trabalho, as suas causas também estão diretamente ligadas ao dia a dia profissional.

 É importante entender quais são os principais gatilhos que podem, com o passar do tempo, desencadear estes distúrbios psíquicos. Confira a seguir:

  • Carga horária excessiva 

A jornada de trabalho exaustiva acontece quando o tempo de descanso para os colaboradores não existe. Como consequência, ao fim do expediente, o cansaço é extremo, tornando-se constante, além de ocorrer insônia, dores musculares e de cabeça.

  • Pressão e cobrança por resultados 

São prazos apertados, sobrecarga de trabalho e acúmulo de funções que é preciso administrar diariamente. Essa pressão exagerada leva ao estresse, depressão, ansiedade e a transtornos psicológicos graves. 

  • Alta carga de volume de trabalho 

Para cumprir suas metas e evitar cobranças, o colaborador assume mais trabalho do que consegue dar conta, levando-o à sobrecarga de trabalho. Como consequência, aparecem o cansaço, insônia, estresse e uma jornada de trabalho excessiva.

  • Excesso de responsabilidades 

O excesso de responsabilidades tem relação direta com o alto volume de trabalho gerado, quando o colaborador é responsável por muitas demandas, resultando em uma grande pressão, levando a  estresse, insônia e cansaço.

Veja também: Como funcionam os direitos dos trabalhadores em acidentes fora do horário de trabalho

Reconhecimento como doença ocupacional

Segundo dados da Associação Internacional de Gestão de Estresse, estima-se que 32% dos profissionais brasileiros sofrem com a Síndrome de Burnout, ou seja, o esgotamento no ambiente de trabalho. Esse valor é superior a 1/3 do total de trabalhadores.

Em janeiro de 2022, a OMS (Organização Mundial da Saúde) passou a classificar oficialmente a Síndrome de Burnout como uma doença decorrente do trabalho. Com isso, o transtorno passou a ser tratado de forma diferente: “Estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso”. 

Isso significa que a Síndrome de Burnout se tornou considerada uma doença ocupacional, com a vigência da nova Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID 11).

As empresas precisam ficar atentas para esse risco. No texto anterior, ele era indicado ainda como um problema na saúde mental e um quadro psiquiátrico. Na prática, agora a empresa tem mais responsabilidade em relação ao bem-estar mental de seus funcionários.

Ao ser caracterizada como doença ocupacional, a síndrome é equiparada ao acidente de trabalho, e o colaborador passa a ter vários direitos, da mesma forma que ocorre com as demais doenças ocupacionais.  

Durante os primeiros 15 dias de afastamento, o colaborador continua recebendo o salário da empresa. A partir daí, passa a ganhar o auxílio-doença, de responsabilidade do INSS, que assume os custos da remuneração. Vale lembrar que, em caso de acidente de trabalho ou doença ocupacional, o trabalhador tem garantia de estabilidade de emprego por um ano após a alta. 

Como combater a Síndrome de Burnout?

Considerando-se que a Síndrome de Burnout é um evento referente à saúde ocupacional, fica claro a responsabilidade da equipe de saúde e segurança do trabalho na prevenção dos colaboradores quanto à exposição aos fatores que podem desencadear o burnout.

Se a engenharia de segurança é responsável por garantir a saúde e a integridade do trabalhador, e essa integridade é relacionada com os aspectos físicos, biológicos e psicológicos, os riscos psicossociais devem ser considerados pela equipe de segurança do trabalho, assim como são os demais riscos.

Para a equipe de segurança, é ainda de suma importância ter conhecimento de até que ponto é possível o controle dos fatores psicossociais, que podem interferir nas atividades rotineiras dos trabalhadores. 

Um colaborador com saúde mental regular reage de forma imensamente diversa de um colaborador adoecido psicologicamente, principalmente quando os fatores que levaram a esse adoecimento se somam a causas ligadas à insatisfação profissional.

Além da própria patologia, nessas condições, são aumentados o descontentamento, a desatenção, a falta de vontade de cumprir regras e procedimentos internos e de segurança. O que aumenta consideravelmente as possibilidades de acidentes, mesmo que obedecidas todas as normas regulamentadoras por parte da equipe de segurança do trabalho.

Medidas e ações para evitar o esgotamento dos trabalhadores

Quando políticas e programas de prevenção para a saúde mental dos trabalhadores são adotadas nos ambientes de trabalho, é inevitável a redução dos índices de absenteísmo, afastamentos por doenças ocupacionais, o aumento da qualidade de vida e, como consequência, aumento da produtividade e dos resultados financeiros da empresa.

Algumas medidas podem ser indicadas pela área de SST para implementação na empresa, com o objetivo de prevenir a síndrome de burnout, conforme segue:

  • Proporcionar condições de trabalho atrativas e gratificantes;
  • Implementar programas de socialização visando melhorar o clima organizacional;
  • Investir no aperfeiçoamento profissional;
  • Reconhecer a necessidade de educação permanente;
  • Implantação de sistemas de avaliação que concedam aos funcionários um papel ativo e de participação nas decisões laborais;
  • Dar suporte social às equipes e fomentar suas decisões;
  • Aplicar testes para verificação do estado físico e emocional do funcionário.

Todas essas ações são derivadas das mesmas ideias gerais de reconhecimento e comunicação aberta entre você e seus funcionários

Deixar seus funcionários saberem que eles são importantes e que suas contribuições são relevantes para a equipe pode ser sua melhor estratégia para evitar o esgotamento dos colaboradores. 

Conheça a Chemical Risk

Para ajudar sua empresa na avaliação das questões de saúde e segurança do trabalho, assim como de segurança química, é importante contar com uma consultoria especializada.

A Chemical Risk possui mais de 10 anos de experiência no segmento, com profissionais altamente qualificados, equipe interdisciplinar e serviços de excelência no âmbito de segurança do trabalho, segurança química, assuntos regulatórios, treinamentos e mais.

Com isso, podemos atuar na gestão e avaliação completa dos riscos químicos e de acidentes presentes no ambiente de trabalho das organizações.

Sua empresa precisa de auxílio para lidar com produtos químicos, riscos de acidentes e treinamentos de segurança? Entre em contato conosco agora mesmo!

Gostou deste artigo?

Share on Facebook
Share on Twitter
Share on Linkdin
Share on Pinterest

comentar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *