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Agentes Neurotóxicos

Os agentes neurotóxicos são os compostos organofosforados, que atuam inibindo a enzima acetilcolinesterase, têm sido utilizados no controle de pragas, retardantes de chama, plastificantes, e mais notoriamente como potenciais agentes químicos de guerra e armas de terrorismo. São conhecidos como os agentes mais mortais das armas químicas de guerra.

Em 1854 foi sintetizado o primeiro compostos organofosforado – TEPP – tetratilpirofosfato, e em 1937 foram sintetizados os compostos GA e GB, como potenciais armas químicas.
Os principais representantes desta classe são: Tabun (GA); Sarin (GB); Soman (GD) e o agente XV.
Os compostos organofosforados se ligam de forma bastante estável ao centro esterásico da enzima acetilcolinesterase inibindo sua ação. Desta forma, a acetilcolinesterase não consegue se ligar a acetilcolina, que por sua vez acumulase nas fendas sinápticas, promovendo os vários sinais característicos da intoxicação.
Os efeitos anticolinesterásicos dos agentes neurotóxicos podem ser caracterizados como sendo efeitos muscarínicos, nicotínicos, e no sistema nervoso central (SNC).
Os efeitos muscarínicos ocorrem no sistema parassimpático (brônquios, coração, pupilas dos olhos, glândulas salivares, lacrimais e sudoríparas) e podem resultar em sinais de edema pulmonar, bradicardia, miose, lacrimejamento e sudorese.
Os efeitos nicotínicos ocorrem no sistema somático (esquelético e motor), e no sistema simpático, resultando em fasciculações musculares, fraqueza muscular, taquicardia e diarréia.
Os efeitos sobre o SNC se manifestam como ansiedade, tontura, labilidade emocional, ataxia, confusão e depressão.

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