Durante a rotina de trabalho, os colaboradores estão expostos a vários riscos ocupacionais, como acidentes do trabalho, problemas relacionados à ergonomia e riscos químicos, que podemos considerar como um dos mais significativos, pois os produtos químicos, além de apresentar potencial de causar danos à saúde, também podem provocar acidentes. Neste sentido, a avaliação de agentes químicos no ambiente de trabalho se faz essencial.
A avaliação de agentes químicos é uma das técnicas usadas para manter o local de trabalho seguro e saudável. Esse tipo de avaliação permite a obtenção de informações para uma tomada de ações mais assertiva frente aos possíveis riscos existentes. Como consequência, é possível diminuir os riscos de acidentes de trabalho e danos à saúde dos colaboradores.
Veja, a seguir, os 5 parâmetros que devem ser utilizados conjuntamente, para entender de vez os riscos químicos sob a ótica da higiene ocupacional.
Vale lembrar que a higiene ocupacional, juntamente com a química, estuda as interações dos agentes químicos com o organismo humano por meio das propriedades toxicológicas desses agentes. Dessa forma, é possível tomar ações efetivas de prevenção.
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Índice
ToggleInventário de Produtos Químicos
Esta é a ferramenta mais importante para a avaliação de riscos químicos para higiene ocupacional. O inventário deve contemplar todas as informações necessárias para compreensão das exposições que ocorrem no local de trabalho.
Todos os agentes químicos presentes no local de trabalho devem ser identificados e constar no inventário. Com ele, será possível definir as diretrizes para as próximas etapas.
Muitas das informações necessárias para se elaborar o inventário podem ser conseguidas por meio das respectivas Fichas de Informações de Segurança de Produtos Químicos (FISPQ).
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Limites de Exposição Ocupacional (LEO)
O limite de exposição ocupacional é a concentração máxima de um agente químico em que a maioria das pessoas não terão nenhum tipo de dano à saúde ocasionado pela exposição a este agente.
O LEO é um padrão utilizado para comparação com os valores obtidos em campo. A partir desses limites, podemos começar a definir o grau de risco e qual a severidade daquele risco que o colaborador está exposto.
Quanto menor é o limite de exposição ocupacional, maior é a toxicidade do agente químico e isso quer dizer que até pequenas exposições podem gerar um grande risco.
Existem sete tipos de limites de exposição a agentes químicos e você precisa entender cada um deles para adotar as metodologias corretas.
Leitura recomendada: Entenda os tipos de limites de exposição ocupacional
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Medidas de controle presentes
Identificar todas as medidas de controle já existentes no local de trabalho é muito importante para uma avaliação qualitativa da exposição aos agentes químicos. Isso porque será possível analisar se os riscos são significativos, desprezíveis ou se existe dúvida quanto ao grau de exposição e se será necessário realizar uma avaliação quantitativa.
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Quantidade de produto utilizado e frequência de uso
A quantidade de produto utilizado é essencial, pois, quanto maior a quantidade de produto manuseado, maior será a tendência de exposição ao agente químico.
Esse parâmetro deve ser analisado em conjunto com o limite de exposição ocupacional. Até porque já vimos que, se o limite de exposição for baixo, mesmo quantidades pequenas de um determinado produto podem gerar uma exposição que ultrapassará esse limite.
Já a frequência, com que um produto químico é usado, ajudará na decisão se esse produto deverá ou não ser avaliado. Por exemplo, se um produto é utilizado uma vez ao dia por 5 minutos e ele possuir apenas um limite de exposição ocupacional do tipo TLV-TWA, talvez não precise ser analisado. Se esse agente tiver um limite do tipo TLV-STEL, a avaliação deverá ser considerada.
Podemos observar que o entendimento dos conceitos dos vários limites de exposição ocupacional é de fundamental importância para as decisões de avaliação de agentes químicos.
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Temperatura de operação, Volatilidade e Limiar de odor
A análise dos processos de utilização dos produtos químicos é uma parte muito importante quando se trata da avaliação, pois fornece informações sobre a possibilidade ou não de ocorrer exposições ou ainda a ocorrência de reações de decomposição.
Temperatura
Nesse contexto, a temperatura de utilização dos produtos é um dos parâmetros mais importantes. Para se ter uma ideia das reações que podem estar ocorrendo, é primordial comparar a temperatura de operação com as temperaturas de fusão, ebulição e decomposição das substâncias químicas.
Volatilidade
Os processos de evaporação ou vaporização são fenômenos comuns até mesmo no nosso cotidiano, como quando a roupa seca no varal ou mesmo quando sentimos o aroma de um perfume que, na verdade, nada mais é do que a mudança de fase onde as moléculas de água ou do perfume escapam da fase líquida para a fase gasosa.
No caso das roupas, como ocorre em um ambiente aberto, esse processo acontece de forma continua até que a roupa fique seca.
Quando isso ocorre em um recipiente fechado, contendo o líquido de uma determinada substância, também temos a evaporação, em que as moléculas de maior energia cinética conseguem escapar do líquido. Esse vapor que foi formado exerce pressão sobre o líquido e, quando as duas fases entram em equilíbrio termodinâmico, essa pressão é chamada de pressão de vapor.
A pressão de vapor mede a tendência de um líquido ou sólido virar vapor. Assim, as substâncias com alta pressão de vapor são mais voláteis, enquanto substâncias com baixa pressão de vapor são substâncias pouco voláteis.
Dessa forma, fica fácil entender como a volatilidade de uma substância química influencia diretamente o grau de exposição ao agente químico. Líquidos que possuem baixíssimas pressões de vapor não tendem a gerar exposições por vapor em condições normais de temperatura e pressão. Por outro lado, caso estes líquidos sejam nebulizados, a exposição por névoas pode ser muito relevante.
Leitura recomendada: Agentes químicos no ar: qual a diferença entre fumos, poeiras, névoas, gases e vapores?
Temperatura e volatilidade
Outro detalhe que devemos mencionar é que a temperatura é uma grandeza que se relaciona diretamente com a volatilidade das substâncias. Em geral, quanto maior a temperatura do processo, maior a pressão de vapor da substância e, consequentemente, maior a sua volatilidade.
Limiar de odor
O limiar de odor é a menor concentração de uma substância para que, na média, uma pessoa comece a sentir seu cheiro. Ele é expresso em ppm (partes por milhão), e não deve ser utilizado como um meio de reconhecer riscos no ambiente, considerando-se que algumas substâncias não são percebidas pelo sistema olfatório.
O limiar de odor é muito diferente do limite de exposição ocupacional, sendo que eles não devem ser associados. O primeiro tem a ver com a menor concentração em que é possível sentir o cheiro de uma substância e o segundo (LEO) é a menor concentração de uma substância na qual a maioria dos trabalhadores podem estar expostos sem causar danos à saúde.
Ou seja, são finalidades completamente diferentes e muitas substâncias possuem um limite de odor muito superior ao seu limite de exposição ocupacional. O que significa que, ao sentir o seu odor, o limite de exposição ocupacional já foi ultrapassado, trazendo riscos à saúde.
Todos esses itens devem ser observados na avaliação de agentes químicos.
Saiba mais: Conheça as melhores práticas na gestão de produtos químicos
Conte com uma empresa especializada em avaliação de agentes químicos
Conforme dissemos inicialmente, o risco químico é um dos mais significativos dentro do ambiente de trabalho. Nesse sentido, é fundamental que os colaboradores estejam aptos a compreenderem as informações que constam nos documentos de segurança, como as FISPQs dos produtos e os respectivos rótulos das embalagens.
A capacitação das equipes quanto aos riscos presentes em suas atividades e nos locais de trabalho e a forma correta de se realizar as tarefas são primordiais para se conseguir um ambiente saudável e seguro.
Para atingir todos estes objetivos, conte com uma empresa especializada em avaliação de agentes químicos, como a Chemical Risk.
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