O capacete de segurança para uso na indústria foi inspirado nas proteções utilizadas nas guerras e tornou-se um equipamento fundamental para a segurança do trabalhador.
No Brasil, em 1983, ocorreu o primeiro grande feito na evolução do equipamento: a NBR 8221, sendo sua revisão atual do ano de 2019. A atual revisão da norma compreende o aperfeiçoamento do Equipamento de Proteção Individual, desenvolvido com materiais cada vez mais resistentes, leves e confortáveis.
Outro ponto importante a ser citado na evolução do capacete é o chamado pickelhaube. Este modelo, confeccionado em couro envernizado, com ponteira e guarnições metálicas, era usado pelos militares, bombeiros e policiais alemães durante os séculos 19 e 20, e seu desenho influenciou outros modelos de capacetes que perduram até os dias de hoje.
Mais um fator marcante é que os capacetes de segurança foram os primeiros EPIs a serem certificados com o selo do Inmetro, em 2008.
Vale destacar que o capacete de segurança é essencial para proteger a cabeça, orelhas, olhos e pescoço de colaboradores em ambientes que oferecem riscos.
A cabeça, embora seja uma área rígida, é bem sensível e concussões podem provocar diversos danos à saúde do trabalhador, inclusive danos irreversíveis. Com isso, fica clara a importância do capacete de segurança para a proteção dos colaboradores.
Leitura recomendada: Equipamentos de Proteção Individual: conheça os principais tipos de EPIs
Índice
ToggleO que é o capacete de segurança?
Atualmente, os EPIS disponíveis no mercado possuem casco, suspensão e, em alguns casos, uma tira jugular, e se dividem em duas classes:
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Classe A
São indicados para atividades em geral, em que há a necessidade de proteger a cabeça dos colaboradores contra impactos de pequenos objetos e perfurações. São muito utilizados em indústrias químicas, petroquímicas, metalúrgicas, e em setores como a mineração, construção civil, entre outros.
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Classe B
São usados em atividades laborais que envolvam eletricidade, protegendo dos riscos elétricos. Além disso, se subdividem em:
- I – possuem aba total, ou seja, sua aba se estende por todo o contorno do casco, protegendo o perímetro da cabeça e do rosto de forma completa.
- II – possuem aba na parte frontal, que protege o rosto e os olhos do escorrimento de líquidos, de contatos com objetos energizados e radiações solares.
- III – não possui aba, protegendo apenas a cabeça. Possibilita maior campo de visão acima da cabeça do usuário.
Riscos de não usar o capacete de segurança
Em ambientes de trabalho em que o capacete de segurança deve ser adotado, o acidente de trabalho mais comum é o ferimento causado pela queda de objetos; seguido do impacto da cabeça em objetos estáticos como ferragens, tubulações, máquinas e superfícies irregulares.
Também podem ocorrer respingos de produtos químicos, corrosivos, e de líquidos aquecidos, assim como choques elétricos em áreas com fiações expostas, trabalhos em redes elétricas e serviços de manutenção.
O uso do capacete de segurança protege a saúde dos colaboradores de diversos danos, como:
- Fissura de crânio;
- Perda de consciência
- Deficiência temporária ou permanente;
- Lesões cerebrais;
- Hemorragias;
- Queimaduras;
- Alergias.
Como escolher o capacete adequado
Como para toda indicação de EPI, inicialmente, os riscos ocupacionais das atividades deverão ser mapeados para garantir a adoção ideal do capacete de segurança a ser utilizado pelos trabalhadores.
É imprescindível que os capacetes de segurança selecionados para compra possuam certificado Inmetro e Certificado de Aprovação (CA), emitido pelo Ministério do Trabalho e Previdência, válidos na data da aquisição.
Para garantir a proteção da cabeça dos colaboradores, o EPI escolhido deve ser identificado com nome do fabricante ou importador, classe, número do CA, mês e ano de fabricação, lote, selo Inmetro e nome da norma (NBR 8221). Sendo que estas informações devem estar disponíveis no capacete de modo indelével e de fácil leitura.
Também é importante considerar a disponibilidade de assistência técnica para uma rápida e efetiva manutenção.
Acessórios do capacete
O capacete de segurança é composto por casco e suspensão. Alguns modelos possuem um suporte, em que é possível acoplar acessórios, como por exemplo, viseiras para proteção do rosto.
O casco, na maioria das vezes, deve ser feito de Polietileno de Alta Resistência (PEAD) ou de Acrilonitrila Butadieno Estireno (ABS), sendo esta a parte rígida do capacete formada por copa e aba. A suspensão é a armação interna do capacete, constituída por carneira e coroa.
Muitos dos equipamentos para proteção da cabeça oferecem suspensões com ajustes tipo catraca. Feitas em tecido com quatro pontos de fixação, elas permitem uma melhor distribuição das forças e do peso do capacete, sendo mais eficiente em caso de impacto.
Também se ajustam com facilidade de acordo com o tamanho da cabeça do usuário, e dessa forma oferecem mais conforto ao usuário.
Leitura recomendada: Equipamentos de proteção individual: como garantir a higienização e conservação
Por que usar o capacete de segurança?
O capacete de segurança é um Equipamento de Proteção Individual e, portanto, o seu uso é obrigatório dentro de diversas empresas, conforme NR6 (Norma Regulamentadora), do Ministério do Trabalho e Previdência.
De modo geral, os capacetes protegem a cabeça do colaborador, pois a queda de qualquer objeto nessa área pode ocasionar: desmaios, confusão mental, insônia, problemas de memória e chegar a óbito em casos mais graves.
Algumas vantagens em utilizar este item de EPI são:
- Proteção contra impactos indesejados, protegendo a integridade física do trabalhador;
- Atender à legislação relevante a respeito de segurança do trabalho;
- Proteção contra choques elétricos;
- Proteção contra o sol quando os trabalhos são desempenhados no ambiente externo.
É importante ressaltar que, em alguns ambientes, até visitantes devem usar o capacete de segurança. Afinal, eles também estarão em contato com objetos e situações de risco.
Leitura recomendada: Sua empresa já pensou em adotar EPIs ecológicos? Entenda as vantagens!
Dicas de uso do capacete de segurança
Ao receber o equipamento de proteção individual, o colaborador deve ser treinado quanto ao uso correto e conservação, a fim de manter a integridade do equipamento e diminuir riscos de acidentes.
Como qualquer EPI, o uso incorreto diminui sua eficácia. Os erros mais comuns são: utilização do capacete junto com boné, utilização sem o ajuste adequado ao tamanho da cabeça do usuário (carneira), utilização sem jugular e a maneira de armazenamento do objeto.
Os capacetes de segurança, por também fornecerem proteção ao rosto, devem estar sempre com a aba frontal virada para frente.
Em locais com forte ação dos ventos, faz-se necessário o uso das jugulares, uma fita passada por baixo do queijo do usuário, evitando que o capacete se mova ou caia.
Seguem algumas recomendações úteis:
- Não guarde o capacete perto de produtos abrasivos ou que possam contaminar o equipamento. Evite também deixá-lo em ambientes expostos ao sol, pois o calor pode enfraquecer o casco, comprometendo a resistência e segurança do equipamento;
- Inspecione regularmente o casco e demais partes a fim de encontrar sinais de deterioração, perfurações, fissuras, abrasão, entre outros. Lembre: exija a troca imediata caso o produto esteja danificado;
- A suspensão deve ser inspecionada regularmente para verificar se há sinais de deformação ou rasgamento;
- Usar somente água e sabão para a limpeza do casco. Uma boa higienização pode prolongar a vida útil do capacete de segurança.
- Realizando os procedimentos corretos, a vida útil do seu equipamento será bem maior, ajudando a empresa a reduzir custos e aumentando a produtividade e segurança do colaborador.
Existe validade do capacete de segurança?
Uma dúvida recorrente é quanto à validade do capacete de segurança e seguem alguns esclarecimentos.
A validade desse EPI é de cinco anos para o casco, suspensão e jugular do capacete, a contar a partir da data de fabricação, desde que observadas as condições corretas de estocagem. Mas esse prazo se refere ao produto ainda na embalagem, sem uso.
A partir do momento em que o capacete de segurança é colocado em uso, condições, como a exposição constante ao sol, frio, solventes, vapores orgânicos e graxas, podem interferir na sua durabilidade, que deve ser determinada pelo responsável pela área de Segurança e Medicina do Trabalho da empresa.
Cabe ao empregador, além de fornecer os Equipamentos de Proteção Individual aos colaboradores, manter também um plano de troca, seja pela expiração do prazo de validade ou por danos ocasionados aos capacetes de segurança.
Deve, ainda, promover treinamentos quanto ao uso correto do capacete, para que o equipamento seja aproveitado da melhor forma possível pelo usuário, garantindo a segurança e a continuidade do negócio.
Saiba mais: O que você precisa saber sobre a ficha de entrega de EPI?
Como a Chemical Risk pode te ajudar
Agora que você já sabe a importância do capacete de segurança, é fundamental verificar se a empresa faz a disponibilização e uso correto desse EPI para todos os colaboradores de acordo com seu risco de exposição a acidentes.
Se quiser contar com uma assessoria para fazer o levantamento da situação atual do negócio, indicar os EPIs adequados e treinar os colaboradores para o uso e manutenção do mesmos, conheça a Chemical Risk.
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Gostei muito desta materia
Olá Arleto,
Obrigada pelo seu comentário!
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parabens pelo conteudo,pois cuida da segurança do trabalhador.
Prezado Wagner,
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Att,
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