Os riscos estão presentes na maior parte das atividades profissionais e as empresas tentam evitá-los no local de trabalho, implementando procedimentos, criando métodos seguros e oferecendo treinamento. Mas, apesar de tudo isso, os trabalhadores ainda assumem posturas que os colocam em riscos. Mas o que leva a esse comportamento de risco?
Arriscar-se faz parte da natureza humana, e nossos julgamentos são influenciados fortemente por alguns fatores, irrelevantes por assim dizer, como nosso humor, tempo desde a última refeição, o clima, dentre vários outros.
A forma aleatória como nosso julgamento varia somado com nossas experiências, percepções e emoções nos levam a tomar atalhos mentais, que podem nos impedir de fazer escolhas melhores e mais seguras.
Quer um exemplo prático?
Atravessar a rua tem um certo risco e atravessá-la sem olhar para os dois lados aumenta em muito esse risco. Mesmo quando atravessamos uma rua, em que naquele momento existem poucos veículos passando, ainda assim, existe a possibilidade de atropelamento e esse reconhecimento faz parte da percepção de risco.
Mas, voltando ao ambiente profissional, veja, a seguir, o que caracteriza esse tipo de atitude e como preveni-la!
Leitura recomendada: Antecipação de riscos: qual sua importância para as empresas?
Índice
ToggleO que é um comportamento de risco?
Antes de continuarmos, temos que entender o que é risco!
O risco refere-se à probabilidade de acontecer um acidente e aos danos e perdas que são consequência dessa ocorrência.
A atitude de se arriscar no trabalho pode ser associada à falta de percepção do risco ou ainda a uma falta de adaptação dos colaboradores a situações de riscos mais comuns.
O comportamento de risco no ambiente de trabalho refere-se às atitudes inadequadas de um colaborador durante a realização de suas atividades, em situações específicas.
Esse tipo de atitude é individual e tais hábitos, conscientes ou inconscientes, expõem o colaborador a situações de perigo, que podem resultar em acidentes.
Essa postura inadequada compromete a segurança do ambiente de trabalho, colocando em risco o próprio colaborador ou os colegas presentes no mesmo local.
Esse comportamento também pode levar insegurança ao trabalho de colaboradores de outros setores, de modo indireto, como por exemplo, o responsável pela preparação da matéria-prima, que executa sua atividade com irresponsabilidade leva o risco para os operadores que farão uso da mesma, no processo produtivo.
Em resumo, o comportamento de risco é individual, isto é, depende dos atos de cada um, mas a atitude de um pode afetar todos os outros.
Quais os principais tipos de comportamento de risco no trabalho?
Agora que você já sabe que as atitudes inadequadas se caracterizam como comportamentos de risco no trabalho, você com certeza já se lembrou de um exemplo ou outro, certo?
Conheça algumas atitudes de risco que podem fazer parte da rotina profissional, mas que devem ser evitadas.
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Utilizar ferramentas inadequadas
Os equipamentos e as ferramentas utilizadas nos locais de trabalho devem sempre estar em boas condições de uso, pois do contrário podem gerar acidentes com consequências graves para o colaborador e para a empresa.
Outro aspecto importante que deve ser citado é em relação à improvisação de ferramentas, pois esse tipo de instrumento é imprevisível e não possui nenhuma garantia de funcionamento. A empresa deve fornecer toda a condição necessária para a execução das atividades com segurança, sem que seja preciso que o colaborador adote atitudes de risco para cumprir com suas tarefas.
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Não utilizar os Equipamentos de Segurança adequadamente
O uso dos equipamentos de proteção é obrigatório. Apesar disso, muitos colaboradores negligenciam a sua utilização, com justificativas de que o equipamento atrapalha ou é desconfortável, não sendo necessário o seu uso.
Devemos ter em mente que os equipamentos de segurança têm a função de proteger o corpo contra os danos específicos de cada atividade. O uso incorreto ou a falta de uso desses equipamentos deixa o colaborador vulnerável e desprotegido, pois acaba expondo a pessoa aos riscos da atividade que seriam atenuados ou eliminados.
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Estresse
Não é de hoje que o estresse é apontado como uma das principais causas de acidente de trabalho. Alguns dos fatores que favorecem esse comportamento de risco são jornadas de trabalho longas, sobrecarga de trabalho e a desvalorização do colaborador. Dessa forma, o desequilíbrio emocional causado pode diminuir o rendimento do trabalhador, e o deixar exposto a doenças ocupacionais.
Leitura recomendada: Como promover qualidade de vida no trabalho e reduzir acidentes
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Executar atividades sem a devida capacitação
Os treinamentos existem com o objetivo de capacitar os colaboradores a exercerem suas funções com responsabilidade e segurança. Vale lembrar que existem muitos treinamentos que são obrigatórios por lei.
A capacitação para operar equipamentos, utilizar equipamentos de proteção coletiva e individuais corretamente, executar adequadamente atividades específicas, deixando claro os riscos envolvidos e como evitá-los, terá como consequência a adoção de comportamentos seguros.
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Insegurança ou segurança em excesso
Sentir-se confiante para executar suas funções é fundamental para qualquer colaborador. Porém, confiança em excesso pode gerar negligência, descuido e achar que já não precisa seguir os procedimentos de segurança e proteção. Já a insegurança leva à falta de atenção e má interpretação dos perigos.
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Falta de atenção e ritmo acelerado de trabalho
Não importa a razão, mas tentar produzir em um ritmo acelerado para aumentar a produção é sempre fator de risco. A pressa diminui o controle sobre os movimentos e prejudica a percepção e a capacidade de reverter situações perigosas. Devemos acrescentar que esse tipo de comportamento de risco diminui a atenção e é uma das grandes causas de acidentes.
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Brincadeiras inadequadas
Brincadeiras têm hora e lugar. Quando inadequadas podem aumentar a exposição ao risco, assim como brigas no ambiente de trabalho, que podem comprometer a gestão e os resultados da empresa. Quando as brincadeiras afetam a segurança, então é preciso estabelecer um limite.
Como evitar o comportamento de risco no trabalho
Para evitar os comportamentos de risco, precisamos, antes de qualquer ação, conhecê-los, ou seja, ter a percepção das situações perigosas existentes.
Se considerarmos que os trabalhadores estão expostos a diversos perigos, sejam eles, físicos, químicos, biológicos, de acidentes e ergonômicos, é imprescindível ter essa visão do ambiente de trabalho.
A seguir, algumas formas de se evitar os comportamentos de risco no trabalho:
1) Realizar treinamentos e fazer uma gestão adequada
A capacitação dos colaboradores contribui na redução de acidentes. É necessária atenção aos prazos de vencimento dos certificados para que o trabalhador fique com o treinamento sempre atualizado.
2) Monitorar o uso correto dos EPIs
Desenvolva um indicador sobre a utilização correta dos equipamentos de proteção, já que estes são essenciais para a prevenção de acidentes. Crie também uma política de trocas de EPIs para garantir as condições perfeitas dos equipamentos que estão sendo utilizados.
3) Promover a conscientização dos riscos
Conscientizar os colaboradores em relação aos riscos inerentes às suas atividades e as formas corretas de proteção. É preciso atuar junto com cada colaborador para eliminar o comportamento de risco, alertando-o quanto aos resultados de uma má conduta, em relação ao seu próprio bem-estar. Dessa forma, será possível evitar acidentes.
4) Avaliar a saúde mental do trabalhador
Para tornar o ambiente de trabalho saudável, é necessário verificar de forma constante o clima organizacional e os comportamentos de risco, que geram conflitos entre os colaboradores, evitando-se acidentes e doenças ocupacionais.
5) Investir em ferramentas de percepção de risco
A percepção do risco do colaborador está relacionada com a capacidade de perceber os riscos no ambiente em que ele ocupa e nas atividades que realiza. Por ser algo subjetivo, essa visão pode mudar constantemente e, quanto mais consciente em relação às questões de segurança, melhor será a percepção de risco do colaborador.
6) Implementar uma cultura de segurança
A cultura de segurança é um conjunto de ideias, percepções e costumes, que quando aplicados em uma organização reduzem os riscos à saúde e segurança dos colaboradores. O objetivo é promover mudanças profundas na conduta e no comportamento dos trabalhadores, de modo a internalizar nas pessoas a importância da segurança no trabalho. É preciso que a segurança seja vista não como uma prioridade, mas como um valor e, portanto, deve ser incluída nos valores da organização.
Se você chegou até aqui, já pode perceber a grande ameaça que o comportamento de risco representa para os colaboradores e para a organização!
É necessário que tais atitudes sejam identificadas e que os colaboradores sejam conscientizados. Esse é o primeiro passo.
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Gostei das dicas, trabalho em ambiente de risco todos os dias.Obr
Boa tarde Geraldo,
Obrigada pelo seu comentário.
Continue nos acompanhando!
Abç!
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