Se os riscos nas atividades empresariais não forem conhecidos e prevenidos, podem gerar impactos ao ambiente, à segurança dos colaboradores, às instalações e consequentemente ao entorno. Para organizações com substâncias perigosas, é obrigatório realizar o gerenciamento de riscos ambientais.
Assim, é possível evitar acidentes com graves impactos em todos os sentidos. Por isso, é bom conhecer o gerenciamento de riscos ambientais na prática.
Este trata-se de um processo extremamente importante e de responsabilidade das empresas não apenas por ser uma exigência legal, mas principalmente considerando-se a busca das organizações por processos cada vez mais sustentáveis.
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O que é o gerenciamento de riscos ambientais?
Com a implantação do gerenciamento de riscos ambientais, as empresas podem se preparar para o inesperado, minimizando riscos e custos extras.
O gerenciamento de riscos é o processo de identificação de possíveis riscos, problemas ou desastres antes que aconteçam e é realizado por profissionais especializados.
Esse conhecimento permite que se estabeleçam procedimentos para evitar o risco, mitigar seu impacto ou, pelo menos, ajudar a lidar com seu potencial efeito. Uma empresa ou organização deve fazer uma avaliação realista do verdadeiro nível de risco e planejar de acordo com essa realidade.
Tal gerenciamento compreende 4 passos que são essenciais para identificar e eliminar os riscos do ambiente de trabalho. Confira!
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Identificação de perigos e riscos
Dentro do gerenciamento de riscos, existem dois conceitos muito importantes e que precisam ser compreendidos. São eles: ‘risco’ e ‘perigo’.
O perigo diz respeito à fonte com potencial de causar algum dano ao colaborador. Já o risco refere-se à probabilidade de exposições ocupacionais perigosas ocorrerem e à gravidade dos danos que podem ser causados. Então, o primeiro passo consiste justamente em identificar os perigos e riscos em um ambiente de trabalho.
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Análise e avaliação dos riscos
Para esse passo, podem ser utilizadas as matrizes de risco. Nelas, poderão ser avaliadas a probabilidade e as consequências que determinada fonte de risco oferece ao colaborador.
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Eliminação ou controle
Identificadas as fontes de perigo e risco e avaliadas as probabilidades e severidade, o próximo passo é adotar as medidas preventivas para eliminar e/ou controlar as fontes de riscos ambientais existentes.
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Monitoramento e revisão
Um gerenciamento de riscos completo inclui o monitoramento e revisão das medidas adotadas, para se assegurar e avaliar se as ações estão de fato sendo eficazes.
Quais os tipos de riscos existentes?
Se considerarmos o gerenciamento de riscos sob o contexto ocupacional, temos cinco tipos de riscos a serem considerados. São eles:
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Riscos físicos
São os riscos ambientais que se apresentam em forma de energia, tal como os ruídos, temperaturas extremas, vibrações, radiações ionizantes, radiações não ionizantes, frio, calor, pressões anormais e umidade. Diferentemente dos riscos biológicos ou químicos, que dependem do contato direto do trabalhador, os riscos físicos são por si só os agentes causadores de acidentes.
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Riscos químicos
São os riscos ambientais que dizem respeito à exposição de agentes químicos, sejam produtos acabados ou substâncias e que podem se apresentar na forma de vapores, gases, particulados, fumos, névoas e neblinas.
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Riscos biológicos
São os riscos ambientais que expõem os colaboradores a microorganismos, como vírus, bactérias, parasitas, protozoários, fungos e bacilos. Atividades profissionais, como em indústrias de alimentação, hospitais, laboratórios, limpeza pública, entre outras, favorecem o contato com esses riscos.
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Risco ergonômico
É todo fator que interfere nas características psicofisiológicas do trabalhador, causando desconforto ou afetando sua saúde. Podemos citar como fatores de risco ergonômicos: o levantamento de peso, ritmo excessivo de trabalho, monotonia, repetitividade, postura inadequada de trabalho etc.
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Riscos de acidentes
São situações existentes no local de trabalho que possuem potencial de causar dano instantâneo, material ou pessoal, aos quais os colaboradores estão expostos. Esse tipo de risco difere dos anteriormente citados cujos efeitos nocivos aparecem, geralmente, após certo tempo. Nesse caso, os riscos de acidentes têm a capacidade de causar efeitos instantâneos.
Podemos citar como exemplos: arranjo físico deficiente; máquinas e equipamentos sem proteção; ferramentas inadequadas ou defeituosas; eletricidade; incêndio ou explosão; animais peçonhentos; armazenamento inadequado, entre outros.
Consequências do gerenciamento de riscos ambientais ineficiente
Tratando-se do meio ambiente, processos inadequados de gerenciamento dos riscos ambientais podem ocasionar poluição das águas, solo e ar. Isso favorece tanto a degradação ambiental, quanto o desenvolvimento de doenças aos seres humanos.
Nesse sentido, uma gestão de riscos ambientais ineficaz pode trazer impactos como os citados a seguir:
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Poluição atmosférica
A poluição atmosférica refere-se à contaminação por gases, partículas sólidas, líquidos em suspensão, material biológico ou energia, que provocam danos diretos no ecossistema de uma região. A poluição do ar, ainda, é uma das grandes responsáveis pelo aquecimento global, um dos maiores problemas ambientais a serem combatidos atualmente.
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Poluição hídrica
Esta é uma das principais consequências de má gestão de resíduos sólidos. A poluição hídrica se caracteriza pela introdução de qualquer resíduo ou energia que altere as propriedades físico-químicas de um determinado corpo de água.
É causada pelos efluentes industriais que são compostos por produtos químicos, metais pesados, agrotóxicos, fertilizantes, esgoto doméstico e chorume proveniente da decomposição de resíduos.
Como consequência dessa contaminação, temos a proliferação de micro-organismos, danos sérios à saúde em caso de ingestão dessa água e o odor que torna o ambiente desagradável.
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Poluição do solo
É provocada pelo contato de produtos químicos no solo, acarretando mudanças na natureza ou na composição da terra. O que pode tornar o solo infértil e inútil, gerando riscos à saúde humana, animais e plantas.
Essa contaminação ocorre quando de vazamentos de produtos químicos, descarte em áreas irregulares, uso inadvertido de adubos, entre outros.
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Alagamentos e inundações em períodos de chuva
Quando as empresas não realizam a gestão adequada dos resíduos, podem descobrir tardiamente que os mesmos são descartados de forma irregular.
O que provoca o entupimento das galerias de águas pluviais, que servem para escoar a água da chuva até córregos e riachos. Uma vez obstruídas por acúmulo do resíduo descartado de forma incorreta, elas impedem a passagem da água que retorna e provoca alagamentos e inundações.
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Diminuição da vida útil do aterro sanitário
A não adoção da reciclagem ou reutilização de materiais em outros processos faz com que os mesmos sejam descartados como resíduos e destinados a aterros sanitários, encurtando a vida destes, com materiais que poderiam ser reaproveitados.
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Multas, embargos e paralisação das atividades
A empresa que realizar a gestão dos seus resíduos de forma inadequada poderá sofrer várias sanções ambientais, conforme previsto na lei da Política Nacional de Resíduos Sólidos, incluindo penas de reclusão. Esses impactos não são considerados ambientais, mas recaem sobre o financeiro e a reputação da organização.
As empresas que adotam o gerenciamento de riscos ambientais como uma prática demonstram uma atitude proativa ao invés de reativa. Isso porque, ao identificar problemas passíveis de ocorrer, ações preventivas podem ser planejadas e executadas sempre que necessário com o objetivo de mitigar os impactos adversos.
Nesse sentido, podemos dizer que a Gestão de Riscos Ambientais é voltada para o futuro. Uma vez que um gerenciamento eficaz requer a identificação antecipada de ameaças e oportunidades.
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