É fato real que os trabalhadores diariamente enfrentam situações caracterizadas, muitas vezes como, perigosas e que os expõe a diversos tipos de riscos. Entre os mais perigosos, podemos citar os riscos químicos. Por isso, é essencial fazer a correta gestão do risco químico.
Vale destacar que o risco químico está relacionado à manipulação dos agentes químicos no dia a dia do trabalho e a consequente exposição aos mesmos. Isso pode gerar a ocorrência de acidentes nas mais diversas situações, além de problemas à saúde dos trabalhadores, que muitas vezes só serão percebidos a longo prazo.
Nesse contexto, fica claro que realizar o controle de riscos ocupacionais é de fundamental importância. Afinal, se trata de uma medida essencial para garantir a proteção dos profissionais.
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ToggleE como fazer a gestão do risco químico?
Inicialmente, vamos relembrar o que são os agentes químicos. Esses agentes nada mais são do que as substâncias e produtos químicos que podem penetrar no organismo, através da via respiratória na forma de gases, vapores ou poeiras (particulados). Também pode ocorrer a absorção através da pele e a ingestão acidental.
Em função dos diversos aspectos que um agente químico pode se apresentar, a proteção do trabalhador deve ser uma preocupação constante no sentido de se minimizar ao máximo a exposição a esses agentes.
A melhor forma de controlar os riscos químicos existentes no ambiente de trabalho é por meio da gestão do risco químico na sua forma mais ampla.
Como funciona o gerenciamento do risco químico
A gestão do risco químico envolve a identificação dos riscos de natureza química presentes no local de trabalho. A partir daí, é possível recomendar controles para reduzir a exposição e minimizar os danos aos trabalhadores.
Fica claro então que os riscos devem ser gerenciados em todos os aspectos do ciclo de vida do produto químico dentro da empresa. E a abrangência da gestão do risco químico compreende a:
- Segurança ocupacional;
- Segurança de processos;
- Proteção ambiental;
- Medidas de cuidado no transporte.
Dessa forma, as ações preventivas podem ser tomadas para reduzir os danos.
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Quais os benefícios da gestão de produtos químicos?
Com a implementação da gestão do risco químico dentro de uma organização, podemos citar inúmeras vantagens, como por exemplo:
- Conformidade em relação aos requisitos legais;
- Melhoria dos processos em função da adoção de medidas preventivas;
- Proteção da saúde dos colaboradores;
- Ambiente de trabalho mais saudável e seguro;
- Ganho de imagem frente ao mercado e opinião pública;
- Aumento da confiança dos colaboradores na empresa, o que se traduz em ganho econômico real.
Em resumo, a integridade da equipe contribui para manter um bom clima organizacional, evita processos judiciais e garante a saúde e a qualidade de vida para o trabalhador. Ou seja, a empresa só tem a ganhar com tudo isso.
Quais as dificuldades no controle do risco químico e nas ações de prevenção?
Muitas vezes acontece que, mesmo seguindo todas as etapas para a gestão do risco químico e com a implantação das medidas de controle e de prevenção, o resultado ficou aquém das expectativas. O que pode ter acontecido?
Seguem alguns pontos de atenção que devem ser verificados nesse processo.
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Envolvimento da alta direção da empresa e dos colaboradores
O sucesso de um processo dessa natureza tem início na conscientização da empresa em primeiro lugar e dos colaboradores. Uma vez que, se não houver disposição, participação e comprometimento de todos os envolvidos, a começar pelo nível gerencial da empresa, os resultados alcançados serão limitados.
E, como consequência, haverá um baixo desempenho na manutenção das medidas implementadas.
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Falta de procedimentos documentados e organizados
Os procedimentos devem conter de forma simples a descrição de cada processo das atividades, apresentando os riscos a que estarão expostos e as ações de proteção. Isso permitirá a padronização das informações e o conhecimento de toda a equipe envolvida diretamente em cada atividade.
Os procedimentos devem estar sempre disponíveis para consulta e devem ser revisados continuamente.
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Falta da comunicação de perigos nas embalagens de produtos químicos
A legislação atual exige que os rótulos dos produtos químicos possuam informações sobre os perigos dos mesmos e essas informações são padronizadas.
O que ainda hoje se verifica é que, muitas vezes, essas informações são incompletas ou não se apresentam da forma exigida, prejudicando o entendimento e a correta avaliação posterior do risco.
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Falta de informações adequadas sobre a toxicidade, quantidade e qualidade dos produtos químicos
Neste item, estamos nos referindo à qualidade das Fichas de Informação de Segurança de Produto Químico (FISPQ). Isso porque, apesar da existência da série das normas ABNT NBR 14725, que definem todas as exigências quanto à elaboração das FISPQs, Classificação de perigo e Rotulagem, essas informações ainda deixam muito a desejar.
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Falta de treinamento apropriado
Este é um dos itens mais relevantes para o sucesso de todo o processo de gestão do risco químico. Os colaboradores devem ser treinados em relação aos procedimentos já citados, no entendimento das informações que constam nas FISPQs e nos rótulos das embalagens, bem como em todas as ações preventivas adotadas.
Dessa forma, os colaboradores se sentirão pertencendo a todo o processo e o engajamento será natural.
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Falta de recursos financeiros para a implantação das melhorias
Um processo dessa natureza é de longo prazo e, consequentemente, exige planejamento. Muitas das ações de melhoria dizem respeito à revisão e à atualização de procedimentos, atualização de documentação, treinamentos etc. O que não exige altos investimentos para sua realização.
Um plano de ação bem elaborado, integrando todas as partes envolvidas, permitirá o estabelecimento de prazos reais de acordo com um planejamento prévio.
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Falta de conhecimento e comprometimento dos setores ligados à área de prevenção de acidentes na empresa
A falta de conhecimento ressalta a necessidade de treinamento. Porém, os resultados da empresa em relação à Saúde e Segurança do Trabalho mostram a necessidade de ações de melhoria e consequente atualização nessas questões.
Esse tipo de demanda, muitas vezes, deve partir da alta direção da empresa. E a subordinação da área de Segurança e Saúde do Trabalho diretamente à alta direção é um aspecto importante para que os objetivos de SST sejam mais eficazmente alcançados.
Como você pode concluir, a gestão de riscos nas organizações vem da necessidade de implantação de um programa específico. Assim, os gestores podem contemplar adequadamente todos os produtos perigosos, adotar procedimentos de avaliação, controle e comunicação adequados.
Vale lembrar que este gerenciamento deve ser um processo contínuo que garanta a integridade de seus colaboradores e da empresa.
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Como uma consultoria de gestão do risco químico pode ajudar?
Para te ajudar em todo o processo de gestão do risco químico e para superar as dificuldades na implantação de medidas preventivas, conte com uma consultoria especializada no assunto.
A Chemical Risk está pronta para auxiliar o seu negócio em todos os momentos do controle do risco químico. Enquanto fazemos toda a avaliação e indicamos as ações a serem tomadas, você pode ficar focado no seu core business.
No final, você verá muito mais resultados com a garantia de minimização de acidentes, maior segurança dos trabalhadores, melhor conhecimento dos riscos envolvidos e compliance com a legislação.
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