Os números são absolutos! Quando o contexto é a indústria, ganham ainda mais relevância. É muito comum, que os gestores, muitas vezes, se perguntam: como quantificar os processos da minha empresa e como devo analisar os números? Os indicadores de produtividade da indústria são um elemento central neste sentido.
Em geral, existem diversos tipos de KPIs (Key Performance Indicator), que em uma tradução direta significam Indicadores Chave de Desempenho. Eles ganham cada vez mais importância, uma vez que mostram o resultado da empresa em determinado setor durante um certo período.
Índice
ToggleImportância dos KPIs na indústria
Os números são poderosos dentro de qualquer negócio e, com as métricas corretas, é possível identificar os pontos desafiadores ou até os pontos fracos nos processos e linhas de produção. Ao ter conhecimento dessas informações e insights, os gestores podem melhorar e refinar continuamente seus negócios.
Os KPIs desempenham um papel importante tanto na manutenção da produtividade, quanto na viabilização de melhorias na linha produtiva. Assim, estão presentes como um instrumento necessário à gestão nas indústrias modernas.
Por meio dos indicadores de produção, por exemplo, é possível mensurar os níveis de qualidade nas etapas do processo de fabricação, contribuindo para a redução dos custos e para o aumento do desempenho. Ao mesmo tempo, são identificados gargalos, ineficiências, desperdícios e outros fatores que podem comprometer a produtividade.
Desse modo, ao encontrar erros ou espaços de melhoria, é possível eliminar falhas, aumentar a qualidade e, consequentemente, elevar os indicadores de produtividade da indústria em qualquer atividade.
Ou seja, com o mapeamento dos pontos fortes e fracos na operação e no gerenciamento das etapas de produção, obtêm-se um melhor entendimento do desempenho e da produtividade não apenas do setor de produção, como de cada colaborador, máquina e equipe.
E esta é uma oportunidade também para se verificar os aspectos de saúde e segurança da indústria, promovendo ações de prevenção.
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Indicadores de produtividade da indústria – quais adotar?
De acordo com W. Edwards Deming: “Aquilo que não se pode medir, não se pode avaliar”. Verdade essa que não pode deixar de ser considerada por todo gestor de empresa.
Já sabemos da importância dos indicadores de produtividade da indústria para o negócio. No entanto, utilizar essas métricas para mensurar, analisar e efetivamente melhorar as atividades não é assim tão simples quanto parece.
Pensando nisso, veja, a seguir, uma lista com alguns KPIs importantes para indústrias, e que podem ser adotados, em conjunto com outros mais específicos, de acordo com a necessidade.
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Eficácia Global do Trabalho (OLE)
O OLE é um indicador que ajuda a indústria a obter uma resposta sobre sua eficiência global, e é um dos mais valiosos, tanto pela sua importância quanto sua complexidade de medição. Este indicador é medido por meio de três fatores chave:
- Disponibilidade – Considera o tempo que cada colaborador esteve disponível no trabalho, e contempla a hora de chegada, a hora de saída, os intervalos programados e não programados, além dos atrasos.
- Desempenho – Refere-se ao desempenho do colaborador, durante o tempo que este trabalhou. Avalia se esse desempenho foi acima ou abaixo do previsto, se flutuou durante a jornada; mais baixo no início do dia e mais rápido no resto do dia, compensando o baixo desempenho inicial? Como isso impactou na produção?
- Qualidade – Considera a porcentagem de produto produzido, apto para venda, ou seja, as peças produzidas por determinado colaborador estão sendo totalmente aproveitadas? Qual a qualidade do produto produzido por aquele colaborador, qual a quantidade de refugo e retrabalho?
Ao se conseguir medir cada um dos fatores, o cálculo é:
OLE = Disponibilidade X Produtividade X Qualidade.
Veja também: O que é ciclo de vida do produto e qual sua importância
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Produtividade Homem/Hora
Homem-hora é uma unidade de trabalho humano. É muito utilizada em cálculos de eficiência e produtividade, entre outros. É a soma das horas aplicadas por cada pessoa de uma equipe envolvida em um trabalho. Este indicador visa mensurar quanto cada colaborador é capaz de produzir por hora.
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On Time In Full (OTIF)
Este é um dos indicadores de produtividade da indústria ligados à satisfação do cliente e permite conhecer o desempenho de entrega de produtos e serviços de uma empresa. Este KPI é composto por dois elementos principais e cada um possui o seu foco de medição:
- On Time – Mede a “pontualidade” da entrega, ou seja, se os produtos ou serviços foram entregues na data, horário e local previamente combinados com o cliente.
- In Full – Mede a conformidade do pedido frente ao especificado com o cliente. Os produtos ou serviços devem estar dentro das especificações acordadas com o cliente: qualidade, quantidade, dimensões, integridade físicas e quaisquer outros atributos específicos.
Este é um indicador rigoroso, pois, para se obter o status “Atendeu”, todos os requisitos contratados devem ser atendidos. Ou seja, atingiu o OTIF máximo (100%), garantindo que todos os pedidos do cliente foram atendidos no prazo solicitado (on time) e nas especificações corretas (in full).
Saiba mais: Como adequar a gestão de produtos químicos à indústria 4.0
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Tempo Médio Para Reparo (MTTR)
Pode ser aplicado para um equipamento, máquina, componente ou sistema e considera o prazo médio gasto para realizar uma intervenção (ou correção) após um problema ocorrido.
Esta métrica é usada para controlar a manutenção de equipamentos e processos, e não existe uma referência de valor ideal para MTTR. Cada empresa terá equipamentos, máquinas, situações, equipes e realidades diferentes. Portanto, terão MTTR diferentes.
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Tempo de Inatividade (Dowtime)
Entre os indicadores de produtividade da indústria, esta métrica indica o tempo em que os equipamentos ficam inativos, sem produzir. É importante para verificar se a empresa está perdendo dinheiro em função de sucessivas interrupções, devido a falhas ou se o investimento feito em determinado equipamento foi desnecessário.
O resultado permite decisões em relação a novas aquisições ou não. Se, por exemplo, o indicador estiver elevado, e for decorrente de muitas falhas, talvez a opção seja a compra de um novo equipamento. Por outro lado, se o tempo de inatividade alto é decorrente de o equipamento ficar desligado, porque não precisa produzir, então não é necessário comprar mais um.
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Tempo Médio Entre Falhas (MTBF)
Representa o tempo que acontece, em média, entre dois danos num mesmo equipamento. Junto com o MTTR, é um dos principais indicadores da disponibilidade e confiabilidade de um equipamento. Quanto mais alto for o MTBF, mais confiável é a máquina em questão.
Este indicador é útil, pois permite estimar a probabilidade de falha e com que frequência algumas falhas ocorrem. O MTBF é uma base para o cronograma de manutenção preventiva. Além disso, se você fizer estimativas corretas, também melhora o inventário e evita quebras de estoque.
7. Eficiência Global dos Equipamentos (OEE)
Este indicador mede a eficiência global de um equipamento. É utilizado para qualificar e indicar a maneira como a operação de fabricação é realizada e auxilia na melhoria dos processos de manutenção e produção da empresa.
Ele se baseia nos três principais fatores de sucesso de uma indústria: disponibilidade, produtividade e qualidade. Não adianta nada uma indústria ter equipamentos disponíveis, se eles estão produzindo abaixo do desempenho esperado ou produzindo muito, porém, sem qualidade nenhuma.
E como saber se o resultado é bom ou ruim?
O OEE de Classe Mundial é maior que 85%. Mas isso não significa que atingir esse percentual significa que tudo está bem. Há algumas regras que são: a disponibilidade precisa ser maior ou igual a 90%; a produtividade precisa ser maior ou igual a 95% e a qualidade precisa ser maior ou igual a 99.9%.
Se você alcançou os 85% seguindo essas regras, então você atingiu a eficiência global.
Como implementar os indicadores de produtividade da indústria
A adoção dos indicadores de produtividade da indústria exige integração entre as áreas da empresa. Todos os processos produtivos são de extrema importância para a visualização de dados corretos. E a aplicação dessas métricas está no aprendizado e profundo conhecimento sobre os processos e atividades realizadas dentro da empresa, permitindo o entendimento do que está sendo feito e do que pode ser melhorado.
No contexto da segurança química, podemos afirmar que a gestão do risco químico também é uma forma eficiente de se obter esse conhecimento. Afinal, as ações de prevenção e melhoria dos locais de trabalho permitem a atuação da equipe de forma segura e motivada no cumprimento das suas tarefas, garantindo a maior produtividade da empresa.
Conheça a Chemical Risk
Uma forma de atingir melhores indicadores de produtividade da indústria é por meio de um ambiente de trabalho seguro e saudável para os seus funcionários. Por isso, uma consultoria em segurança química e segurança do trabalho, como a Chemical Risk, pode te ajudar.
Com mais de 10 anos de experiência no mercado e profissionais altamente qualificados, disponibilizamos serviços de gestão química e saúde ocupacional.
Na prática, fazemos uma avaliação completa da situação atual dos seus processos e atividades de acordo com as legislações de segurança do trabalho e risco químico. Então, elaboramos um plano detalhado de tudo que precisa de mudanças e melhorias, a fim de evitar acidentes e aumentar a proteção de todos os trabalhadores.
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