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O que é ESG e sua importância na gestão de produtos químicos?

Temos presenciado o engajamento cada vez maior das novas gerações de consumidores, trabalhadores e até mesmo investidores nas questões relacionadas a um futuro mais sustentável. Assim, crescem as exigências por empresas com maior responsabilidade e menor impacto socioambiental. Neste cenário, o que é ESG se tornou uma pergunta mais recorrente.

Mas, antes de entender o que significa essa sigla e o que ela tem a ver com os aspectos socioambientais, vamos ver alguns dados sobre o contexto atual referente ao meio ambiente.

De acordo com pesquisa da Union + Webster, 87% dos brasileiros preferem comprar de empresas sustentáveis. Além disso, 70% dos entrevistados dizem que não se importam em pagar um pouco mais por produtos mais sustentáveis.

Estes números comprovam uma tendência mundial: é cada vez maior o número de pessoas que se preocupam com o impacto que os produtos e serviços que consomem podem causar no planeta.

Neste contexto, as organizações se veem obrigadas a serem cada vez mais responsáveis e sustentáveis não apenas quanto aos aspectos ecológicos, mas também nos aspectos sociais e econômicos. É aí que entra o que é ESG. 

Leitura recomendada: Química verde: sustentabilidade e sua importância na gestão de produtos químicos

O que é ESG?

O ESG é uma sigla que representa o termo em inglês Environmental, Social and Corporate Governance. Em tradução literal, seria algo como critérios ambientais, sociais e de governança corporativa.

Na prática, o ESG é um conjunto de padrões e boas práticas que têm como intuito verificar se a operação de uma empresa é socialmente consciente, sustentável e corretamente gerenciada.

Assim, ao desenvolver seus produtos ou serviços, a organização deve levar em conta as questões ambientais, sociais e de governança corporativa.

Essa sigla é amplamente utilizada no mundo dos investimentos e, inclusive, se tornou um fator de análise para avaliar as empresas que potencialmente serão investidas. 

Qual a origem da sigla de o que é ESG?

Em uma iniciativa liderada pela Organização das Nações Unidas, a sigla ESG surgiu pela primeira vez em um relatório de 2005 intitulado “Who Cares Wins” (“Ganha quem se importa”, em tradução livre). 

O objetivo desse encontro foi desenvolver diretrizes e recomendações sobre como incluir as questões ambientais, sociais e de governança na gestão de ativos, serviços de corretagem de títulos e pesquisas relacionadas ao tema. O evento contou com a participação de 20 instituições financeiras de 9 países diferentes – incluindo do Brasil.  

A conclusão do relatório foi que a incorporação desses fatores no mercado financeiro gerava empresas e ambientes mais sustentáveis, além de melhores resultados para a sociedade.

Isso significa que não basta para uma empresa ter lucro e boas previsões futuras. Mas é preciso também ter consciência ambiental e social para crescer.

Os pilares do ESG

Como você viu, o ESG se apoia em três pilares: o ambiental, o social e o de governança. Dentro deles, existem alguns critérios que devem ser considerados e que detalhamos a seguir.

  1. Pilar Ambiental (E)

Tem como objetivo analisar tudo que está relacionado com o impacto do negócio no meio ambiente e isso considera tanto o lado positivo quanto negativo. Não basta apenas diminuir o seu impacto, é preciso ir além.

Neste pilar, estão incluídos:

  • O uso dos recursos naturais;
  • Emissão de gases de efeitos estufa;
  • Eficiência energética;
  • Poluição;
  • Gestão de resíduos e logística reversa.

Leitura recomendada: Gerenciamento de resíduos sólidos: qual a sua importância?

  1. Pilar Social (S)

Aqui se considera a relação de uma empresa com as pessoas que fazem parte do seu universo, incluindo colaboradores, fornecedores, comunidade e sociedade como um todo. Ou seja, abrange não apenas um indivíduo, mas também o bem-estar coletivo.

Nesse sentido, estão incluídos:

  • Políticas e relações de trabalho dentro da empresa; 
  • Apoio a programas de inclusão e diversidade;
  • Defesa aos direitos humanos;
  • Promoção do bem-estar no ambiente de trabalho;
  • Capacitação e cuidados à saúde e segurança do trabalho dos colaboradores;
  • Capacidade de inovação;
  • Proteção de dados.

Leitura recomendada: Como promover qualidade de vida no trabalho

  1. Pilar Governança (G)

Este pilar refere-se às práticas de gestão empresarial e podemos incluir:

  • Independência do conselho administrativo;
  • Política de transparência de líderes;
  • Diversidade na composição do conselho;
  • Qualidade dos comitês de auditoria;
  • Responsabilidade fiscal;
  • Ética e combate à corrupção;
  • Garantia dos direitos dos acionistas. 

É importante ressaltar que os critérios citados podem não ser, necessariamente, válidos para todos os segmentos de negócios.

Por exemplo, para um segmento pode ser mais importante se preocupar com a emissão dos gases do efeito estufa, enquanto para outra será importante focar na gestão de resíduos. 

Deve-se analisar o que cabe, ou não, para cada setor, dentro de cada pilar.

Como aplicar o que é ESG no contexto da segurança química

Agora que já conhecemos o que é ESG, seus critérios e pilares, você deve estar se perguntando quais práticas podem ser adotadas para o seu negócio dentro da gestão de segurança química.

No contexto ambiental

Aqui podemos citar:

  • Adotar energias limpas e renováveis;
  • Implantar sistemas de reciclagem no tratamento de efluentes com o reuso da água, reciclagem de produtos químicos e embalagens, reciclagem de papéis e copos descartáveis no escritório;
  • Analisar o ciclo de produção, visando a diminuição de resíduos e efluentes;
  • Realizar o descarte correto de resíduos;
  • Adotar critérios de logística reversa, ou seja, a coleta e reciclagem de produtos e seus resíduos após o consumo do cliente final;
  • Estabelecer a prática de auditorias nos fornecedores e terceiros, quanto ao atendimento à legislação vigente.

No contexto social

Seguem as principais boas práticas: 

  • Respeitar as leis trabalhistas;
  • Realizar campanhas de treinamento e conscientização para a prevenção de acidentes na manipulação de produtos químicos;
  • Analisar todos os processos para a gestão adequada do risco químico, mapeando os riscos e adotando ações de minimização;
  • Proporcionar um ambiente de trabalho seguro, disponibilizando os equipamentos de proteção corretos e tendo uma sinalização apropriada das medidas de segurança;
  • Abrir um canal de diálogo entre colaboradores e lideranças para comunicar de forma segura o que estiver incomodando, ou para que sejam feitas sugestões de melhorias;
  • Desenvolver projetos sociais com as comunidades locais, como por exemplo, realizar programas de jovens aprendizes em parcerias com as escolas locais, ou ainda capacitações sobre os cuidados com os produtos químicos existentes em casa, entre outros.

Contexto governança

Algumas sugestões são:  

  • Criar um código de conduta formal, por escrito, que estabeleça os valores éticos, padrões de comportamento e transparência que todos os colaboradores devem seguir;
  • Agir com transparência quanto aos riscos de exposição dos trabalhadores aos produtos químicos e aos resíduos despejados, levando as principais informações a público; 
  • Desenvolver programas de prevenção à corrupção, que inclua informações sobre políticas de transações, investimentos e doações, a fim de realizar a detecção e comunicação de atos de natureza ilícita; 
  • Estabelecer um canal de denúncias seguro e isento; 
  • Contratar auditorias independentes para garantir que a empresa está em conformidade com questões éticas e legais e para verificar se os critérios ESG estão sendo aplicados; 
  • Analisar a integridade de fornecedores e colaboradores terceirizados; 
  • Acompanhar e avaliar projetos: conhecer as questões socioambientais, os custos, a rentabilidade e a viabilidade dos serviços prestados, dos projetos em andamento.

Qual a importância de o que é ESG para as empresas?

A implementação dos critérios da ESG está ganhando cada vez mais importância e só no Brasil, segundo o relatório “Inovação e ESG”, da consultoria ACE Cortex, 46% dos empreendedores e colaboradores de grandes companhias afirmam já existir programas de ESG em suas empresas.

Na pesquisa da Câmara Americana de Comércio (Amcham Brasil), realizada em 2021 com 178 líderes empresariais do país, 95% informaram já terem iniciado algum nível de engajamento e ações sustentáveis da companhia, sendo que 68% já reconhecem benefícios diretos dessa agenda no negócio. 

Há ainda evidências que mostram que as companhias conseguem, aplicando as práticas ESG, mitigar perdas, ter uma imagem melhor, eficiência no uso de recursos, funcionários mais motivados e apoio das comunidades para desempenhar suas atividades.

Em outras palavras, negócios que se comprometem com as melhores práticas de ESG acabam tendo uma operação mais sustentável em diversos aspectos, incluindo o econômico e na gestão de riscos. Como consequência, geram resultados melhores ao longo do tempo.

Dia Nacional da Prevenção de Acidentes do Trabalho

Hoje, dia 27 de julho, se comemora o Dia Nacional da Prevenção de Acidentes do Trabalho e surge uma esperança a mais para mudarmos o quadro alarmante atual. Isso porque, como vimos, os níveis de segurança do trabalho estão diretamente relacionados aos indicadores sociais de ESG. 

A manutenção de políticas eficazes de prevenção de acidentes transmite ao mercado que as empresas são confiáveis e sólidas, facilitando assim o processo de atração de investimentos.

Nesse contexto, podemos concluir, então, que ESG não é uma evolução da sustentabilidade empresarial, mas sim a própria sustentabilidade empresarial. 

Conheça a Chemical Risk

Para te ajudar a aplicar a ter uma empresa mais engajada nas questões ambientais, sociais e de governança em termos de segurança química, conte com uma consultoria especializada em gestão do risco químico e da saúde dos trabalhadores.

Com mais de 10 anos de experiência no mercado, profissionais altamente qualificados e serviços de excelência, a Chemical Risk está pronta para auxiliar a sua organização:

  • Com uma gestão mais adequada de produtos e resíduos químicos, visando a preocupação ambiental;
  • No desenvolvimento de todas as medidas e processos para garantir o cuidado com os colaboradores, reduzindo os acidentes;
  • No cumprimento de todas as diretrizes e legislações de segurança química e saúde ocupacional, garantindo o compliance da sua empresa.

Os nossos serviços englobam desde a elaboração de documentos de segurança química, avaliações de risco, matriz de incompatibilidade de produtos e treinamentos para empresas até questões de segurança ocupacional.

Quer saber mais? Entre em contato e solicite um orçamento gratuito! 

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2 comentários

  1. Texto incrível e de uma clareza exemplar, sem voltas. Parabéns! Material de quem realmente entende e vivencia o assunto. Obrigado.

    1. Boa tarde Edimor!

      Obrigada pelos seus comentários. Feliz em saber que as informações foram úteis para você.

      Continue nos acompanhando!

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