Chemical Risk

atendimento@chemicalrisk.com.br
+55 (11) 4506-3196 / (11) 94706-2278

Como proteger seus funcionários da pneumonia química

A exposição aos produtos químicos pode prejudicar a saúde dos colaboradores no curto ou longo prazo. Isso porque, de acordo com a classificação do agente químico e o tipo de exposição, os danos podem ser imediatos ou tardios. Um dos riscos é a pneumonia química.

É sobre este grave problema que iremos falar a seguir.

O que é a pneumonia química?

Pneumonia química é um tipo de inflamação que afeta os pulmões e é causada devido à inalação de substâncias químicas capazes de irritar o órgão. 

É um tipo de pneumonia com menor incidência do que a bacteriana ou viral, mas que merece toda atenção.

Dependendo da toxicidade do agente químico inalado, a doença pode evoluir para insuficiência respiratória e para a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), o que coloca a vida do paciente em risco.

O mecanismo da pneumonia química, também chamada de pneumonite química, é similar às demais modalidades de infecção pulmonar.

O início dos sintomas dessa patologia costuma acontecer rapidamente, logo após a inalação ou aspiração de substâncias irritativas para o pulmão. Assim, o paciente passa a ter dificuldades para respirar e apresenta falta de ar.

Porém, dependendo da substância que foi inalada, os sintomas podem levar mais tempo para surgir. Ao inalar fumaça em um incêndio, por exemplo, pode levar até três dias para que o paciente apresente os sintomas e as consequências dessa inalação.

Leitura recomendada: Conheça 5 medidas de segurança contra incêndio na sua empresa

Quais são as causas da pneumonia química?

A principal causa de pneumonia química é a inalação de substâncias variadas que podem afetar o pulmão, como inalar fumaça em um grande incêndio ou outros vapores químicos.

Ambientes com a presença de gases tóxicos, solventes e vapores podem desencadear uma pneumonia química. Locais de trabalho com a presença de produtos químicos aumentam o risco para a doença ao expor os colaboradores a esses agentes nocivos.

A inalação de vapores de agrotóxicos, de solventes orgânicos, e de outras substâncias químicas, sem a devida proteção, pode levar o colaborador à pneumonia química.

É importante ressaltar que a inflamação pode estar relacionada à pneumonia aspirativa. Ou seja, a entrada de um produto químico líquido ou sólido diretamente através da boca ou nariz, ou indiretamente por regurgitação, na traqueia e nas vias respiratórias inferiores.

Estudos sobre a aspiração de substâncias químicas mostram que certos hidrocarbonetos (destilados de petróleo) e certos hidrocarbonetos clorados apresentam um perigo de aspiração para o ser humano.

Como esse processo acontece?

Tudo começa com a exposição ao agente nocivo, seja por inalação ou por aspiração.  

A substância percorre a traqueia, brônquios e bronquíolos, chegando até aos alvéolos, que são pequenas bolsas responsáveis pelas trocas gasosas que permitem a respiração. 

Essas estruturas ficam cheias de líquido e são lesionadas, acionando as células do sistema imunológico e, com isso, agravando a dificuldade para a oxigenação do sangue.

Com a fibrose pulmonar, a barreira entre os pulmões e a corrente sanguínea fica ainda mais espessa, o que leva à insuficiência respiratória.

Em função disso, se destaca a importância de se detectar a pneumonite química precocemente, a fim de administrar as terapias que auxiliam no combate à reação inflamatória.

Quais são os sintomas da pneumonia química?

Embora seja um tipo de pneumonia, a reação provocada pela pneumonite química não costuma ter relação com infecções. Por isso, a febre não é um sintoma comum na maioria dos casos.

O quadro típico da doença inclui três principais manifestações clínicas: dispneia ou dor de cabeça; tosse com muco espesso, espumoso e rosado, e cansaço crônico.

Geralmente, os sintomas se iniciam de maneira repentina, porém, tardia. Os incômodos podem surgir até 72 horas após a inalação de agentes tóxicos, o que dificulta a associação destes à inalação de substâncias tóxicas.

Podemos destacar ainda outros sintomas possíveis: tosse; falta de ar; chiado no peito; produção de muco amarelado ou esverdeado; presença de sangue no muco; dor no peito; dor para respirar; irritação no nariz e na garganta; desorientação; fraqueza; febre; mal-estar; náuseas; dor abdominal.

Existem alguns fatores que determinam a gravidade dos sintomas, conforme abaixo:  

  • Tipo e toxicidade do produto químico,
  • Características do local de trabalho – Fechado, ao ar livre, quente ou frio,
  • Duração da exposição — Segundos, minutos, horas,
  • Forma de produto químico — gás, vapor, particulado, líquido,
  • Medidas de proteção existentes,
  • Condição médica prévia e idade.

Saiba também: Proteção respiratória contra produtos químicos: o que você precisa saber

Como prevenir essa doença no ambiente de trabalho

Se a sua organização usa substâncias perigosas, é muito importante que você gerencie o risco desses produtos para evitar a exposição dos colaboradores. 

O gerenciamento de riscos químicos é de extrema importância, pois, como vimos, os agentes químicos podem representar perigos significativos para a saúde humana e para o meio ambiente. 

A maneira mais eficaz de gerenciar os riscos associados a produtos químicos perigosos é seguir as quatro etapas sugeridas:  

ETAPA 1: Identificação dos riscos 

Nesta etapa, deverão ser identificados os riscos presentes no ambiente de trabalho. Isso significa que será necessário identificar todas as substâncias químicas utilizadas, suas propriedades físico-químicas, seus efeitos na saúde humana e no meio ambiente, analisar as atividades que podem gerar exposição a essas substâncias. 

Não deve ser esquecida a identificação dos possíveis cenários de exposição, como vazamentos, derramamentos, incêndios, entre outros. Muitas das informações sobre os produtos poderão ser obtidas nas Fichas com Dados de Segurança. Esses documentos devem ser fornecidos pelo fabricante de produtos químicos e a empresa deve mantê-los disponíveis para os colaboradores. 

Além das FDS, informações adicionais devem ser obtidas através de banco de dados e na própria legislação pertinente ao assunto, como nas Normas Regulamentadoras (NRs). 

Uma ótima ferramenta para auxiliar a organização dessas informações é o inventário de produtos químicos.

ETAPA 2 – Avaliação dos riscos 

A segunda etapa do gerenciamento de riscos químicos é a avaliação dos riscos identificados. Isso envolve a análise da probabilidade de ocorrência de um evento indesejado e da gravidade das consequências desse evento. 

A avaliação dos riscos permite determinar quais são os riscos mais significativos e prioritários, para definir a necessidade da avaliação da exposição ocupacional dos colaboradores e comparação com os limites de exposição definidos.

ETAPA 3: Controle dos riscos 

Esta etapa contempla o controle dos riscos identificados. Aqui são definidas a implementação de medidas de controle para reduzir ou eliminar os riscos, sempre considerando a hierarquia de controles, como eliminação ou a substituição de substâncias perigosas por substâncias menos perigosas, medidas de engenharia, medidas administrativas e o uso de equipamentos de proteção individual (EPIs). 

ETAPA 4: Monitoramento e análise crítica 

Agora é hora de avaliar se tudo o que foi feito está saindo de acordo com planejado e de averiguar se não há necessidade de atualizações. Nesta etapa, será verificada a eficácia das medidas de controle adotadas, por meio de inspeções, análises de amostras, medições de exposição, entre outros. 

Esta fase permite avaliar a necessidade de ajustes ou melhorias nas medidas de controle, e a consequente revisão do plano de gerenciamento de riscos.

Não se pode esquecer da importância de garantir que os funcionários entendam os riscos das substâncias perigosas às quais podem estar expostos. Os métodos de controle não serão totalmente eficazes se a equipe não souber como usá-los adequadamente.  

A equipe deve estar totalmente ciente de como usar os equipamentos e o entendimento dos procedimentos existentes para o local de trabalho. A autorização para o uso de substâncias perigosas deve ser reduzida ao mínimo e os registros devem ser mantidos, relacionando o pessoal de uso autorizado e o treinamento de segurança que receberam.

Veja também: Segurança química: como fazer o gerenciamento de produtos químicos?

Importância do gerenciamento de riscos

O gerenciamento de riscos químicos é uma prática fundamental para garantir a segurança e a saúde dos colaboradores que utilizam substâncias químicas e suas atividades. 

Ao identificar, avaliar e controlar os riscos associados ao manuseio de produtos químicos, é possível prevenir acidentes, minimizar danos à saúde e ao meio ambiente, e garantir o cumprimento das normas e regulamentações vigentes. 

Portanto, é essencial que as empresas adotem medidas eficazes de gerenciamento de riscos químicos, visando proteger seus colaboradores e o meio ambiente.

Como uma consultoria em gestão química pode ajudar?

A implementação do gerenciamento de produtos químicos constitui uma ferramenta indispensável e de elevada importância. Para atuar em todas estas frentes, conte com o auxílio de uma consultoria de gestão em segurança química.

A Chemical Risk realiza a análise dos riscos envolvidos, a adequação às legislações, a adoção de ações preventivas e o adequado atendimento a emergências de acidentes.Tudo de forma a contribuir com a maior segurança ocupacional e ambiental. 

Temos profissionais experientes e especializados para prestar serviços de excelência em segurança química, assuntos regulatórios, segurança do trabalho, meio ambiente, treinamentos e muito mais. 

Quer saber mais informações sobre nossas soluções? Entre em contato com nossos consultores!

Gostou deste artigo?

Share on Facebook
Share on Twitter
Share on Linkdin
Share on Pinterest

comentar

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *