No dia 2 de agosto de 2011, na Unicamp, cidade de Campinas, São Paulo, o Diretor da Intertox, Fausto Azevedo, e a analista de gerenciamento de risco toxicológico, professora Camilla Colasso, proferiram a palestra “Guerra Química”, que faz parte da programação da 14ª Semana de Engenharia Química, da UNICAMP.
O evento é realizado pelos alunos de graduação da Faculdade de Engenharia Química e pela empresa Júnior desta Faculdade. A 14ª Semana de Engenharia Química acontece de 1 a 5 de agosto e traz como tema “Saia da Rotina”, visando à motivar os alunos a buscarem novos conhecimentos e abordarem temas diversificados.
A palestra foi ministrada durante 2 horas com foco em armas de guerra química, definidas como qualquer substância química cujas propriedades tóxicas são utilizadas com a finalidade de matar, ferir ou incapacitar algum inimigo na guerra ou associada a operações militares.
Estes agentes têm sido utilizados nas guerras desde tempos remotos, porém, o pico da utilização foi na Segunda Guerra Mundial, quando os alemães os utilizaram nas câmaras de gás. Desde então, os agentes químicos foram constantemente utilizados em guerras e atos terroristas.
Diversos países possuem arsenal de agentes químicos, a despeito do esforço do mundo na tentativa de bani-los, sob a Convenção de Armas Químicas que entrou em vigor no ano de 1997. No entanto, a fabricação desses agentes não pode ser totalmente proibida, pois alguns têm potencial uso industrial. Além disso, apesar de medidas de correção tomadas até o momento e a condenação de sua utilização, há uma grande facilidade na fabricação dos mesmos.
Os agentes químicos de guerra são classificados de acordo com o mecanismo de ação tóxica nos seres humanos, como: agentes neurotóxicos, agentes vesicantes e levisita, agentes sanguíneos, agentes sufocantes e toxinas.
Alguns destes agentes podem ser tão devastadores como uma bomba atômica. Além de provocarem lesões imediatas, alguns podem estar associados a morbidades e problemas psicológicos a longo prazo.