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Como melhorar a segurança operacional na indústria de petróleo e gás

Todos os dias, as empresas de óleo e gás produzem milhões de barris de petróleo e transportam outros tantos milhões de litros de combustíveis no Brasil. Com a alta complexidade de toda a atividade, do fundo do mar ao posto perto de casa, a segurança operacional é uma preocupação constante.

Cultura de segurança na indústria de petróleo e gás

O setor de óleo e gás no Brasil opera com regras e requisitos de segurança muito altos, às vezes em um padrão maior até do que os adotados no exterior. A indústria, na exploração e produção de petróleo e gás natural, trabalha com práticas de gestão de risco bastante rigorosas.

A segurança é tão importante que faz parte da cultura de todas as empresas, não se restringindo às operações. A cultura de segurança na indústria de óleo e gás é muito forte. 

Podemos entender que cultura é aquilo que a gente faz quando ninguém está olhando, o que está enraizado em nós mesmos. Quem trabalha na indústria acaba incorporando esses hábitos às suas rotinas pessoais.

A indústria de óleo e gás respira segurança e isso não poderia ser diferente.

Leitura recomendada: Segurança offshore: como gerenciar riscos em plataformas de petróleo 

Mas o que é segurança operacional?

A segurança operacional na indústria de petróleo e gás é crítica devido à natureza do alto risco das atividades envolvidas, incluindo exploração, perfuração, produção e transporte de petróleo e gás.

No âmbito da exploração e produção de petróleo e gás natural, o conceito de segurança operacional define o conjunto de práticas, procedimentos, equipamentos e sistemas de gestão que visam estabelecer barreiras de proteção às rotinas de perfuração e instalações de produção.

Um grande desafio para a indústria é aliar a segurança operacional à produtividade, pois, muitas vezes é necessário parar a produção para garantir que os equipamentos possam passar por manutenção adequada. Essa situação pode ter custos significativos. 

Nesse sentido, é preciso encontrar um ponto de equilíbrio, que mantenha a produtividade do negócio e a segurança dos colaboradores que fazem parte do processo produtivo e das rotinas de manutenção.

Como garantir a segurança operacional?

A segurança operacional é obtida por meio da prevenção, mitigação e resposta a eventos que possam causar acidentes, que coloquem em risco a vida humana ou o meio ambiente. A adoção de um Sistema de Gestão de Segurança assegura a integridade das instalações durante o seu ciclo total de vida.

A seguir, apresentamos um exemplo de estrutura para a gestão de segurança que incorpora um plano de segurança operacional, gestão de riscos, práticas de trabalho seguras, sistemas de manutenção e gestão de incidentes.

1. Plano de Segurança Operacional (PSO) 

Descreve as políticas, procedimentos e responsabilidades de segurança necessários para garantir operações seguras. O documento deve contemplar: 

  • Declaração de Política de Segurança – Uma declaração do compromisso da organização com a segurança. 
  • Objetivos e Metas – Objetivos e metas de segurança específicos e mensuráveis.
  • Funções e Responsabilidades – Definição clara de funções e responsabilidades pela segurança em todos os níveis da organização.
  • Recursos e Orçamento – Alocação de recursos e orçamento para iniciativas de segurança. 
  • Indicadores de Desempenho de Segurança- Métricas para medir o desempenho de segurança. 
  • Revisão e Melhoria Contínua – Revisão e atualização regular do plano de segurança com base no desempenho e feedback.

2. Gestão de Riscos 

A gestão de riscos envolve identificar, avaliar e controlar riscos para minimizar o potencial de danos e deve conter:

  • Identificação de Perigos – Identificação sistemática de perigos potenciais através de avaliações de risco, auditorias de segurança e estudos de perigo e operabilidade (HAZOP). 
  • Avaliação de Risco – Avaliar a probabilidade e gravidade dos perigos identificados.
  • Medidas de Controle de Risco – Implementação de controles para mitigar riscos, incluindo controles de engenharia, controles administrativos e equipamentos de proteção individual (EPI). 
  • Monitoramento e Revisão – Monitorar continuamente os controles de risco e revisar sua eficácia, fazendo ajustes conforme necessário.

3. Práticas de trabalho seguras 

São os procedimentos e diretrizes elaborados para garantir que as tarefas sejam executadas com segurança. Deve conter os seguintes documentos:

  • Procedimentos Operacionais Padrão (POPs) – Instruções detalhadas e escritas para executar tarefas com segurança.
  • Treinamento e Competência – Programas regulares de treinamento para garantir que os funcionários sejam competentes em práticas de trabalho seguras. 
  • Análise de Segurança do Trabalho (JSA) – Avaliação de tarefas de trabalho para identificar perigos e determinar procedimentos de trabalho seguros.
  • Sistema de Permissão de Trabalho (PTW) – Sistema formal para controlar atividades de alto risco, como trabalho a quente, entrada em espaços confinados e trabalho elétrico.
  • Segurança Comportamental – Programas para promover comportamentos e atitudes seguras entre os trabalhadores, incluindo observações e feedback de segurança.

4. Sistemas de Manutenção 

Esses sistemas garantem que todos os equipamentos e infraestruturas sejam mantidos em condições seguras de funcionamento e deve conter:

  • Manutenção Preventiva – Atividades de manutenção programadas para evitar falhas nos equipamentos.
  • Manutenção Preditiva – Uso de monitoramento de condições e análise de dados para prever e prevenir falhas de equipamentos.
  • Manutenção Corretiva – Reparar ou substituir equipamentos que falharam ou estão em risco de falhar.
  • Planejamento e programação de manutenção – planejamento e programação eficazes de tarefas de manutenção para minimizar o tempo de inatividade e garantir a segurança. 
  • Registros de Manutenção – Manter registros detalhados de todas as atividades de manutenção para monitorar o desempenho do equipamento e identificar tendências.

5. Gerenciamento de Incidentes 

O gerenciamento de incidentes envolve os procedimentos e ações tomadas para responder, investigar e aprender com os incidentes. Os itens fundamentais são:

  • Plano de Resposta a Emergências – Planos detalhados para responder a emergências, incluindo funções, responsabilidades e procedimentos.
  • Relatório de Incidentes – Sistemas para relatar todos os incidentes, incluindo quase acidentes, para garantir que sejam registrados e investigados.
  • Investigação de Incidentes – Realização de investigações completas para determinar as causas raízes e os fatores contribuintes dos incidentes.
  • Ações Corretivas – Implementar ações corretivas para abordar as causas raízes e prevenir a recorrência.
  • Lições aprendidas – Compartilhar lições aprendidas com incidentes em toda a organização para melhorar as práticas de segurança.
  • Cultura de Segurança – Promover uma cultura em que a segurança é um valor fundamental e todos são responsáveis ​​por manter um ambiente de trabalho seguro.
  • Comunicação e Engajamento – Garantir canais de comunicação abertos para discutir questões de segurança e envolver os funcionários em iniciativas de segurança.
  • Melhoria Contínua – Revisar e melhorar regularmente as práticas de gestão de segurança com base em feedback, auditorias e métricas de desempenho.

Principais desafios para a implementação da segurança operacional

Os principais desafios na implementação e manutenção de um quadro eficaz de gestão da segurança na indústria do petróleo e do gás podem ser muito complexos e multifacetados. Aqui estão alguns dos principais desafios:

1. Operações Complexas e Perigosas 

As atividades de perfuração, produção e transporte envolvem riscos inerentes significativos, incluindo explosões, incêndios e liberações tóxicas. A complexidade dos processos e equipamentos pode dificultar a identificação e gestão de todos os perigos potenciais.

2. Conformidade Regulatória 

Cumprir uma ampla gama de regulamentações nacionais e internacionais pode ser um desafio, especialmente quando se opera em múltiplas jurisdições. Acompanhar as mudanças nos padrões e regulamentos de segurança exige esforço e adaptação contínuos.

3. Fatores Humanos 

Garantir que todos os funcionários sejam adequadamente treinados e competentes pode ser um desafio, especialmente com altas taxas de rotatividade ou ao integrar novas tecnologias. 

4. Desafios Tecnológicos 

Implementar novas tecnologias de segurança operacional e garantir que se integrem bem aos sistemas existentes pode ser complexo e dispendioso.  

5. Fatores Ambientais e Externos 

Operar em condições extremas, como ambientes offshore, árticos ou desérticos, apresenta riscos de segurança adicionais e desafios logísticos. A gestão dos riscos associados aos desastres naturais, como terremotos, furacões e inundações, exige planos robustos de preparação e resposta a emergências.

Enfrentar esses desafios requer uma abordagem abrangente e proativa à gestão da segurança, incluindo uma liderança forte, formação contínua, comunicação eficaz e um compromisso com uma cultura de segurança.

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Assim, auxiliamos para garantir a segurança, evitar acidentes e cumprir com as normas. Além de toda a gestão do risco químico, elaboramos documentos de segurança química, fazemos avaliações regulatórias e realizamos treinamentos para os seus profissionais.

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